Muitas vezes, ao olhar para uma criança com excesso de peso, não damos a devida atenção que a situação requer. No entanto, os números mostram o quão preocupante é a obesidade infantil. Nos últimos dez anos, os custos com internações e tratamentos de obesidade entre crianças e adolescentes no SUS cresceram 20%. Ao considerar atendimentos ambulatoriais e medicamentos, o gasto totalizou R$ 225,7 milhões, somando R$ 1,54 bilhão em uma década.
As famílias também enfrentam altos custos com tratamentos particulares, totalizando R$ 12,1 milhões. E esses números não incluem os gastos relacionados a complicações de saúde decorrentes da obesidade, como diabetes e hipertensão.
A obesidade infantil no mundo quadruplicou nas últimas quatro décadas. No Brasil, o aumento é alarmante: de 2,4% em 1974 para quase 14% em 2019, entre crianças de 5 a 9 anos. Atualmente, cerca de 28% das crianças brasileiras estão com sobrepeso.
Os riscos da obesidade infantil
A obesidade na infância não se limita ao momento presente. Crianças obesas enfrentam maiores riscos de desenvolver doenças graves na vida adulta, como diabetes tipo 2 e problemas cardíacos. Um estudo recente revelou que crianças com obesidade grave aos 4 anos têm uma expectativa de vida de apenas 39 anos, caso não percam peso ao longo do tempo. Esse dado ressalta a gravidade da situação.
Além dos problemas de saúde, a obesidade também traz impactos socioeconômicos. Adultos que foram obesos na infância tendem a enfrentar dificuldades no mercado de trabalho, com menor empregabilidade e salários mais baixos. Se as tendências atuais continuarem, até 2030, 68,1% dos adultos brasileiros estarão acima do peso, e 29,6% serão obesos.
Causas e soluções
Entre as principais causas da obesidade infantil estão o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e o sedentarismo. Já discutimos anteriormente o impacto dos ultraprocessados na saúde infantil, e é alarmante como eles se tornaram parte constante da alimentação das crianças.
Felizmente, algumas cidades no Brasil estão começando a adotar medidas importantes para enfrentar esse problema. Iniciativas que oferecem alimentos mais saudáveis nas escolas, proíbem a venda de ultraprocessados e promovem a educação alimentar para os alunos e suas famílias são fundamentais para mudar o cenário.
Prevenção é o caminho
Se a obesidade infantil for combatida desde cedo, é possível evitar complicações de saúde e garantir um futuro mais saudável para as crianças. Para um acompanhamento adequado, é essencial contar com um médico especializado que possa orientar as famílias sobre a melhor forma de prevenir e tratar a obesidade infantil. Se você está preocupado com a saúde do seu filho, entre em contato com um especialista em endocrinologia em Cuiabá e agende uma consulta para garantir que seu filho tenha o suporte necessário para um crescimento saudável.