Tudo o que você precisa saber sobre osteoporose: sintomas, causas, tratamento e prevenção

O que é osteoporose?

A osteoporose é uma doença comum do envelhecimento. O que acontece é uma perda da densidade óssea, ou seja, perda de massa óssea que tornam os ossos mais rarefeitos e frágeis.  Somado à perda de força muscular também decorrente da idade, as quedas podem se tornar rotineiras e aumenta o risco de fraturas. 

Isso se destaca ainda mais nas mulheres, visto que com a perda de estrogênio na menopausa, a perda da densidade óssea se acentua.

Mas a boa notícia é que em alguns casos, a osteoporose pode ser prevenida e quanto mais cedo você começar, melhor ficará a saúde dos seus ossos. 

Osteopenia: um aviso

A osteopenia é um estágio anterior à osteoporose, que indica uma baixa densidade óssea, mas ainda não tão avançado para ser classificado como osteoporose. Nessa fase, é importante buscar o fortalecimento ósseo.

Causas de osteoporose

Nossos ossos estão em constante renovação: ossos novos vão sendo formados à medida que os velhos vão sendo substituídos. Depois dos 20 anos esse processo diminui e atingimos o pico de massa óssea por volta dos 30 anos. Depois disso, a tendencia é perder mais massa óssea do que é criada, cerca de 0,3% ao ano.  Na mulher a perda é maior nos 10 primeiros anos pós-menopausa, podendo chegar a 3% ao ano, especialmente em mulheres que não praticam exercício físico. 

Com isso, algo importante a destacar é que a probabilidade de desenvolver osteoporose depende da quantidade de massa óssea adquirida na juventude. 

Quanto maior for o pico de massa óssea estocada na juventude, menor a chance de osteoporose.

Causas que favorecem o surgimento de osteoporose: 

  • Deficiência de cálcio e/ou vitamina D;
  • Sedentarismo;
  • Doenças endócrinas, como diabetes ou hiperparatireoidismo;
  • Menopausa;
  • Alimentação pobre em nutrientes
  • Tabagismo;
  • Excesso de álcool

Além disso, alguns medicamentos também podam causar a diminuição da densidade óssea, como no uso crônico de corticoides (principal causa), anticonvulsivantes, quimioterápicos e pioglitazona (para diabetes).

Também, doenças como câncer, HIV, artrite reumatoide, hemofilias, insuficiência renal aumentam as chances de se desenvolver osteoporose. 

Sintomas da osteoporose

Na maioria das vezes, a osteoporose não causa sintomas iniciais. Os sinais e sintomas surgem à medida que a doença avança e ossos se tornam mais frágeis. E por ser assintomática, ela costuma ser diagnosticada após a ocorrência de fraturas. 

A osteoporose está muito relacionada com o envelhecimento e geralmente tem início após os 50 anos. É mais frequente em mulher devido a menopausa e queda do estrogênio.

Os sinais e sintomas que podem surgir com a perda de massa óssea são:

  • Fraturas na coluna, punho e quadril mesmo com traumas pequenos
  • Cifose (coluna curvada)
  • Perda de altura 
  • Dor nas costas, causada por uma vértebra fraturada ou colapsada 

Fatores predisponentes:

Sexo: mulheres tem maior chance de desenvolver osteoporose do que os homens devido a menopausa.

Histórico familiar: ter parentes de 1º grau com osteoporose aumentam a chance. 

Baixo IMC: homens e mulheres com menor estrutura corporal possuem maior de desenvolver a doença risco por terem menos massa óssea que pode ser perdida. 

Baixa de hormônios sexuais: níveis reduzidos dos hormônios sexuais aumentam o risco de forma significativa do desenvolvimento de osteoporose. Por esse fator que mulheres na menopausa tem o risco aumentando. Além disso, baixos níveis de testosterona em homens também favorece a perda óssea. 

Tireoide: uma hiperatividade da tireoide com produção excessiva de hormônios tireoidianos também aumenta a perda óssea. 

Baixa ingestão de cálcio: a baixa ingesta de cálcio ao longo da vida contribui para a diminuição da densidade óssea, perda óssea precoce e fraturas.

Diagnóstico

A densitometria óssea é o exame de imagem que avalia a massa óssea, sendo então o principal exame a se solicitar. Exames complementares como verificar o nível de cálcio e vitamina D no sangue, também podem ajudar. 

Tratamento da osteoporose

O tratamento da osteoporose se torna necessário para prevenir quedas e fraturas que quando ocorrem prejudicam muito a qualidade de vida e independência do idoso. 

Os medicamentos devem ser indicados por um especialista pois variam de acordo com o sexo, a idade e o grau da doença. Alguns dos medicamentos utilizados:

  • Bifosfonatos (alendronato, risedronato, ibandronato e ácido zoledrônico): reduzem a perda óssea e o risco de fratura. 
  • Calcitonina: inibe a decomposição óssea e pode ajudar a aliviar a dor causada pelas fraturas.
  • Raloxifeno: medicamento semelhante ao estrogênio, que pode ser útil na prevenção e tratamento da perda óssea, sendo mais interessante ainda para as mulheres.
  • Romosozumabe: é capaz de aumentar a densidade óssea no quadril e coluna lombar e reduzir o risco de risco de fraturas principalmente nas mulheres após a menopausa. Porém, não deve ser usado por um período maior que 12 meses pelo risco de infarto e AVC.

Todos esses medicamentos devem ser indicados e prescritos por um médico pois apesar todos benefícios, os riscos também devem ser analisados individualmente.

Além dos remédios, a reposição dos hormônios estrogênio na mulher e testosterona no homem podem diminuir a perda óssea e prevenir as fraturas.

A suplementação de cálcio e vitamina D também podem ser necessárias em caso de déficits desses nutrientes. 

Além disso, a dieta e a prática de exercício são fundamentais tanto para o tratamento quanto para a prevenção da osteoporose. Falaremos mais sobre isso no próximo tópico.

Prevenindo a osteoporose

Embora o tratamento da osteoporose seja capaz de evitar a progressão da doença, a osteoporose não tem cura. Por isso, prevenir é o caminho. 

  1. Cálcio
    Todos já ouviram falar da relação de cálcio e osteoporose. E sim, você deve se esforçar para atingir a recomendação diária, mas isso não significa que quanto mais cálcio melhor. Na verdade, você pode estar comendo mais cálcio do que pensa. Com uma alimentação nutritiva e equilibrada, você consegue obter a maior parte de cálcio que precisa. Em alguns casos, a suplementação pode ser necessária, mas só faça isso sob orientação e acompanhamento médico.
  2. Vitamina D
    Ter cálcio no organismo é importante, mas ter vitamina D pode ser mais ainda. É ela quem auxilia na absorção de cálcio para a utilização pelos ossos.Com a exposição à luz solar, o corpo produz vitamina D que por sua vez, favorece a absorção de cálcio no intestino. Ou seja, sem vitamina D, mesmo que você consuma muitos alimentos que tenha cálcio, não irá ocorrer a absorção adequada pelo corpo. 

    No entanto, como estamos cada vez mais vivendo em ambientes fechados, não conseguimos atingir a dose recomendada de vitamina D por meio de exposição à luz solar e dieta e isso torna a suplementação de vitamina D, na maioria dos casos, essencial.

    A grande maioria da população não tem vitamina D suficiente, por isso é importante que você verifique seus níveis de vitamina D e suplemente, se necessário. 

  3. Proteína
    A proteína é importante para o funcionamento de todas as células do nosso corpo, inclusive dos ossos. Muitos estudos mostram que a ingestão adequada de proteína aumenta a densidade óssea. Por isso, também é essencial comer a quantidade ideal de proteína para você, que varia com o peso e a idade.
  4. Exercício
    Fazer exercícios de resistência e de levantamento de peso: exercícios de resistência, como a musculação não fortalecem apenas os músculos, mas também os ossos e evitam a perda de massa óssea. Isso porque o exercício de resistência usa força muscular, onde a ação dos tendões puxando os ossos aumenta a força óssea. Os exercícios que mais favorecem isso são aqueles que incluem levantamento de peso.

Conclusões

A osteoporose acontece devido a perda de massa óssea com o avançar da idade. Como não há nenhuma medida efetiva para se reconstruir o esqueleto, a prevenção é a estratégia fundamental.

Para qualquer idade deve-se evitar o cigarro; álcool deve ser consumido com moderação; e a atividade física e ingestão alimentar adequada é fundamental. 

Na peri e pós menopausa, se há história familiar, pode ser interessante fazer um controle com densitometria óssea e se indicado proceder à reposição hormonal. Para idosos, é importante a suplementação com cálcio e vitamina D.

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